quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Quem são as duas testemunhas de apocalipse 11:3?

"Quem são as duas testemunhas de apocalipse 11:3?"

Há uma infinidade de suposições em torno deste assunto. Até mesmo as escolas de interpretação desse polêmico problema escatológico (estudos sobre as últimas coisas), têm entrado em várias contradições em suas assertivas.

Os pressupostos nomes apresentados por elas são diversos, como seguem: Moisés e Elias, Elias e Enoque, Jeremias e João Batista, as duas últimas igrejas da Ásia Menor, o Velho e o Novo Testamento, etc. Todas afirmam que têm tido "revelação" divina e que estão certas em seus pontos de vista. Algumas baseiam-se, inclusive, em Malaquias 4.5: "Enviarei o profeta Elias". Mas, quando lemos em Lucas 1:17, com referência a João Batista, observamos que ele veio no espírito e no poder de Elias, isto é, na virtude ministerial daquele profeta. Temos muitos casos na Bíblia, tanto no Velho como no Novo Testamento, de uma pessoa sendo representada por outra.

No caso das duas testemunhas, elas têm idêntico poder ao de Elias para fazer descer fogo dos céus: II Reis 1:10. E também se assemelham a Moisés, que fez as águas se transformarem em sangue: Êx 7:20. Porém, temos de admitir que tudo isso foi realizado pelo poder de Deus e não dos homens. A maioria dos estudiosos sobre escatologia se divergem entre Moisés e Elias ou Elias e Enoque.

Para aqueles que sustentam ser Moisés e Elias, suas afirmações residem no fato desses dois profetas terem sido os dois que mais poderosamente foram usados por Deus. Através do poder de Deus, Moisés lançou as pragas sobre a nação do Egito (Êx. 7-11); e Elias derrotou os profetas de Baal e fez fogo cair do céu (I Reis 18). Esses mesmos dois apareceram ao lado de Cristo em sua transfiguração (Mat. 17:1-7).

Para os que acreditam ser Elias e Enoque, suas bases bíblicas também são bastante fortes por que se baseiam em Hebreus 9:27 que diz: "E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo...". Ou seja, os únicos profetas que não passaram pela morte foram Enoque e Elias, e estes seriam os únicos que poderiam passar pela morte física a esta altura. Em Provérbios 16:4a lemos que "o Senhor faz tudo com um propósito", logo Deus não teria permitido que os dois profetas passassem pela morte para executar este propósito, o de serem as duas testemunhas.

Dificilmente em Apocalipse vemos algo tão polêmico quanto a identificação dessas duas testemunhas, sendo, talvez, superado apenas pela interpretação da marca da besta de Apocalipse 13. É claro que não fica muito claro quem realmente poderiam ser as 'duas testemunhas', mas o importante mesmo é sabermos que Deus nunca deixou nem jamais deixará qualquer período da história sem uma testemunha sua, e no período da Grande Tribulação não haverá esta exceção. Nós não precisamos nos preocupar com a identidade dessas duas testemunhas uma vez que tenhamos em mente que:
  • Aconteça o que acontecer, Deus não deixará de fazer cumprir a sua Palavra. Portanto, haverá de fato, duas testemunhas.
  • Agirão em conjunto uma com a outra.
  • A mensagem que elas trarão provará que suas admoestações são proféticas e verdadeiras.
  • Sua mensagem e pragas deixarão sem desculpas aqueles que não se arrependerem.
Portanto, quem são as duas testemunhas ninguém sabe, por que este assunto não foi revelado. Entretanto, elas representam o governo civil e religioso de Israel, pois são semelhantes às duas oliveiras do tempo da volta do cativeiro babilônico: Zc 4:12-14.

Reiterando-se o que foi dito, afirmamos que o homem pode operar maravilhas pelo poder de Deus. Porém, Ele não necessita necessariamente de homens como Elias ou como Moisés, para operar aqui na terra. Ele pode operar por qualquer um, do contrário seria uma operação humana e não divina. Portanto, ninguém sabe com absoluta precisão os nomes das duas testemunhas.

Fonte: A Bíblia Responde
A Bíblia Responde. 2ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1983.
Bíblia de Estudo do Livro de Apocalipse.
HORTON, Stanley M. Apocalipse. As coisas que brevemente devem acontecer: 7ª Ed. Rio de Janeiro. CPAD, 2011.

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